Segundo reportagem da revista Veja desta
semana, emails encontrados pela Polícia Federal nos computadores do Planalto
comprovam que o ex- presidente Lula e Dilma que na época era ministra-chefe da
casa civil foram alertados sobre esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. Os
emails foram enviados pelo ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo
Roberto Costa em 2009. Com esta informação Lula e Dilma poderia ter
interrompido o propinoduto, no entanto, por ação ou omissão, impediram a
investigação sobre os desvios. Transcrevo nos dois próximos parágrafos trechos
da reportagem da revista Veja e recomendo que comprem a revista antes que
censurem:
“Paulo Roberto Costa tomou a liberdade de
passar por cima de toda a hierarquia da Petrobras para alertar o Palácio do
Planalto que, por ter encontrado irregularidades pelo terceiro ano consecutivo,
o Tribunal de Contas da União (TCU) havia recomendado ao Congresso a imediata
paralisação de três grandes obras da estatal — a construção das refinarias
Abreu e Lima, em Pernambuco, e Getúlio Vargas, no Paraná, e do terminal do
porto de Barra do Riacho, no Espírito Santo. Assim como quem não quer nada, mas
querendo, Paulo Roberto Costa, na mensagem à senhora ministra Dilma Vana
Rousseff, lembra que nos anos de 2008 e 2007 houve ‘solução política’ para
contornar as decisões do TCU e da Comissão Mista de Orçamento do Congresso
Nacional.”
“Durante oito meses, a equipe do ministro
Aroldo Cedraz, que assume a presidência da corte [TCU] em dezembro, se debruçou
sobre os custos de Abreu e Lima. A construção da refinaria estava ainda na fase
de terraplenagem, mas os indícios de superfaturamento já ultrapassavam os 100
milhões de reais. A Petrobras, porém, se recusava a esclarecer as
dúvidas. O ministro chegou a convocar o então presidente da companhia,
Sérgio Gabrielli, para explicar o motivo do boicote. Depois de lembrado
que poderia sofrer sanções se continuasse a se recusar a prestar
esclarecimentos, Gabrielli entregou 10.000 folhas de planilhas ao tribunal.
Para a surpresa dos técnicos, as informações não passavam de dados sem qualquer
relevância.”
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