sábado, 22 de novembro de 2014

Justiça pede abertura de contas das empresas do doleiro Youssef em 2014


      O juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, autorizou a extensão da quebra do sigilo bancário das empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef para o ano de 2014. Foi autorizada a extensão das quebras dos sigilos da GDF Investimentos, RCI software, Empreiteira Rigidez e MO Consultoria.
      Pela primeira vez, a operação poderá identificar o que foi movimentado pelas companhias do doleiro com a finalidade de lavar dinheiro durante o ano eleitoral. A extensão da quebra de sigilo compreende o período entre 1 de janeiro e 14 de novembro, período em que as campanhas receberam expressivos repasses das mesmas empresas investigadas pela Lava Jato.
      As investigações revelaram até o momento as movimentações bancárias destas empresas entre os anos de 2009 e 2013. Neste período, as mesmas receberam pelo menos 37 milhões de reais de empresas do Grupo Sanko, que fornecem material para obras da refinaria de Abreu e Lima tocadas pelo Consórcio CNCC, liderado pela construtora Camargo Corrêa.

       “Em síntese, e em cognição sumária, há prova de que as empreiteiras, em cartel, frustraram licitações da Petrobrás, manipularam o preço dos contratos, lavaram o produto do crime por intermédio de Alberto Youssef, e pagaram vantagem indevida a agentes públicos, como Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás”, assinala o juiz na decisão.      

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