Oposição
recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a tramitação do
projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014 e anular
mensagem presidencial enviada à Comissão Mista de Orçamento (CMO) com o
relatório das receitas e despesas do quinto bimestre de 2014. A apresentação da
ação foi articulada pelos líderes Rubens Bueno (PPS-PR), Antonio
Imbassahy (PSDB-BA), Mendonça Filho (DEM-PE) e Beto Albuquerque (PSB-RS), além
do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).
No
texto que foi aprovado segunda-feira (24) pela Comissão Mista de Orçamento
(CMO), o governo retirou o teto do limite para o abatimento com despesas PAC e
das desonerações para conseguir alcançar a meta fiscal prevista para este ano.
O valor previsto para economia era de R$ 116,1 bilhões. Porém, R$ 67 bilhões
poderiam ser abatidos da meta. Na prática, a proposta permite que a União não
economize para pagar os juros da dívida ou até mesmo tenha prejuízo nas contas.
A
mudança na LDO foi proposta
pelo governo no início do mês e
permite que sejam abatidos da meta todos os gastos com o Programa de Aceleração
de Crescimento (PAC) e as desonerações de impostos concedidas à indústria.
aA manobra dá ao governo a chance de acumular um primário muito pequeno,
ou até mesmo déficit, sem que tais números fiquem evidentes nas contas do
Tesouro.
Outra
ação protocolada ontem (25) pelo deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP)
alega que a modificação pretendida pelo Poder Executivo é inconstitucional.
“Alterar o Orçamento para adaptá-lo à realidade econômico-financeira do ano
fiscal é inconstitucional. Alterar a LDO para que a regra máxima de cumprir a
meta de superávit fiscal, estabelecida no PPA [Plano Plurianual], seja
descumprida, contraria nossa Carta Magna”, disse Sampaio.
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